jul

14

ROLHA SINTÉTICA NÃO SERVE

Eu falo e ninguém acredita. Rolha sintética, além de tirar todo o ritual inicial do vinho, atrapalha na evolução do sabor. A chamada screw cap, que já encontramos por aí e conheci pela primeira vez num syrah muito bom parece ser a alternativa – com o perdão do trocadilho – mais palatável. Olha que interessante o experimento que o Jorge Lucki participou e relatou hoje, no Valor.

Meu vinho: Pesquisa do Château Margaux mostra que o material “saudável” ainda garante a melhor vedação.

“Doença da rolha” fomenta busca por alternativas à cortiça

É sempre constrangedor recusar garrafa de vinho em restaurantes, alegando que ele “não está bom”. A atitude pode ser vista como implicação do cliente, demonstração de poder ou tentativa de se mostrar um expert (conhecidos como “enochatos”). O assunto é delicado e requer educação e bom senso, em especial porque não são raros os casos de clientes inexperientes que confundem vinho estragado com o que não lhes agrada – assim como há aqueles que bebem os vinhos comprometidos sem nem perceberem. Embora a casa tenha a obrigação de servir o produto sem nenhum defeito, e trocá-lo se isso acontecer, nem sempre o profissional encarregado do serviço tem conhecimento e discernimento para confirmar que a garrafa está com problema. Espera-se ao menos que alguém no restaurante tenha.

Deixando de lado questões ligadas à conservação – não é necessariamente por culpa do restaurante, isso pode ter ocorrido antes da compra -, o que resultaria numa bebida em fase de declínio, com sinais de oxidação, ou a um defeito de vedação específico daquela garrafa, a expectativa é com relação ao defeito conhecido como “doença da rolha”, “bouchonné”, ou “corked” (derivação de bouchon e cork, traduções de rolha em francês e inglês, respectivamente). Caracteriza-se por um odor desagradável que lembra bolor ou pano molhado, identificável também na boca pelo gosto desagradável.

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jul

13

GENTILEZA URBANA

Não dá pra pegar ônibus em BH sem flertar com ele. A ferramenta mais eficaz para comunicar com a população da Cidade, o Jornal do Ônibus é de uma sutileza e sensibilidade estética impressionante. Isso sem falar na adequação da linguagem, do projeto gráfico, do estilão familiar das ilustrações do Adão Rodrigues.

Na continuação, um pouco da história da Publicação e algumas edições, que sou um fanático colecionador.

E é sempre bom lembrar: “Se você tem uma necessidade compulsiva por sexo, procure os dependentes de amor e sexo anônimos.” Sensacional.

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jul

12

MAL ME QUER?

Parece que “todo mundo, e o mundo todo” (valeu Tutti!), começou a semana discutindo Otimismo versus Pessimismo. Na segunda, 11/07/2011, Lucy Kellaway, no Valor, e a Elaine Brum, na Época, cuja coluna foi disseminada no Facebook. Na terça, a Folha não deixou a desejar e fez uma ode ao pessimismo.

Tristeza e solidão, do Baden Powell. Só assim pra entrar no clima…

Na sequência, os artigos.

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jul

11

PERÍODO SABÁTICO

Chegou em boa hora esta coluna do Divã Executivo, no Valor, do dia 06/07/2011: quem deveria estar deitado nele sou eu!

O ano sabático pode prejudicar a carreira?

Desde que comecei minha carreira, gosto de alternar três anos de trabalho intenso com um ano sabático, que uso para viajar e me dedicar a projetos pessoais. Esse esquema funciona muito bem para mim: considero três anos tempo suficiente para encerrar um ciclo na companhia e costumo receber propostas de emprego com certa frequência na volta. Além disso, sempre volto com energia e ideias renovadas para encarar a pesada rotina da minha profissão. Meu atual chefe, porém, disse que esse comportamento poderia me prejudicar e que só estou conseguindo manter esse estilo de vida porque o mercado está aquecido. Fiquei preocupado, pois gostaria de continuar nesse ritmo, mas receio comprometer meu futuro profissional. O que devo fazer?

Consultor de tecnologia, 36 anos

Resposta:

Tenho certeza que o seu questionamento ajudará na reflexão de muitos profissionais que cada vez mais têm escolhido o ano sabático como item obrigatório na busca por qualidade de vida e autoconhecimento.

O costume de aplicar essa pausa na carreira surgiu há dois séculos no contexto acadêmico, com o intuito de propiciar aos professores uma reciclagem profissional e maior produtividade no seu retorno; os períodos de pausa eram de um ano depois de seis lecionando. Porém, quando falamos de escolhas, falamos de referências individuais. Ou seja, nem todo mundo pode enxergar o ano sabático como algo positivo, assim como nem todas as carreiras se adaptam ao modelo que você adotou.

A sua área de atuação (tecnologia) e a sua escolha de carreira (consultor) permitem essa dinâmica e acredito que você consegue aproveitar esse período como gostaria. Existem empresas que se adaptam às necessidades de determinados colaboradores e oferecem o ano sabático dentro de um pacote de benefícios.

No entanto, essa prática é rara, mas pode se tornar uma tendência diante da customização de pacotes de atração e retenção que algumas organizações têm praticado para terem os melhores talentos em seus quadros. A maioria que opta hoje pela realização de um ano sabático faz isso por uma decisão pessoal e, se está vinculada formalmente a uma empresa, acaba tendo que pedir demissão para poder colocar esse projeto em prática.

O problema em seguir a sua dinâmica não é o da empregabilidade, mas sim o de como você visualiza a sua carreira no longo prazo. Caso tenha como objetivo de vida continuar atuando como consultor de tecnologia, não acredito que o ano sabático será um grande entrave, uma vez que essa é uma carreira que permite a você seguir com o seu atual modelo de trabalho. No entanto, se existe algum interesse em progredir profissionalmente e atuar como gestor, aí sim você pode acabar se prejudicando.

Cargos de gestão exigem consistência, desenvolvimento e experiências por períodos mais longos e estáveis. Até mesmo para abrir o próprio negócio é necessário ter habilidades e comportamentos que somente ciclos mais completos e mais amplos do que uma contribuição mais pontual como consultor podem oferecer.

Isso significa que seu atual ritmo pode comprometer a sua empregabilidade se você um dia decidir mudar de carreira. Manter a ideia da pausa seguindo outros intervalos de tempo vai depender do seu autoconhecimento e do seu planejamento financeiro.

Os especialistas no tema dizem que, caso você decida pelo ano sabático, é recomendável que você aproveite mesmo o final de um ciclo profissional (cargo, projeto, contexto) para realizar essa pausa e que se programe para que ela realmente aconteça e seja vivida sem nenhum tipo de culpa.

Sofia Esteves é psicóloga com especialização em recursos humanos e presidente do grupo DMRH.

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jul

11

PASSAGENS, PAUSAGENS:

PAISAGENS.

Lindíssimo e muito relevante o projeto do professor Paulo Baptista, da EBA-UFMG. Como diz a reportagem, o trabalho propõe uma interface entre tecnologia, ciência e imagens para retratar mudanças na natureza. Vale a leitura. Se o assunto interessa, explore também o projeto Third View, do fotógrafo Mark Klett.

Clique na imagem para ampliar.
Via Jornal Estado de Minas, 27/04/2011.

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jul

10

CÉREBRO DE PIPOCA

Coluna do Dimenstein, dia 03/07/2011, na Folha:

O GOOGLE anunciou na semana passada um projeto para enfrentar o Facebook, disposto a reinventar a mídia social. A notícia teve óbvio impacto mundial e despertou a curiosidade sobre mais uma rodada de inovações tecnológicas, capazes de nos fazer ainda mais conectados.

No dia seguinte, porém, o Facebook reagiu e anunciou para esta semana uma novidade também de grande impacto, possivelmente em celulares. Para alguns psicólogos americanos, esse tipo de disputa produz um efeito colateral: um distúrbio já batizado de “cérebro de pipoca”.

Esse distúrbio é provocado pelo movimento caótico e constante de informações, exigindo que se executem simultaneamente várias tarefas. Por causa de alterações químicas cerebrais, a vítima passa a ter dificuldade de se concentrar em apenas um assunto e de lidar com coisas simples do cotidiano, como ler um livro, conversar com alguém sem interrupção ou dirigir sem falar ao celular. É como se as pessoas tivessem dentro da cabeça a agitação do milho explodindo no óleo quente.

A falta de foco gera entre os portadores do tal “cérebro de pipoca” um novo tipo de analfabetismo: o analfabetismo emocional, ou seja, a dificuldade de ler as emoções no rosto, na postura ou na voz dos indivíduos, o que torna complicado o relacionamento interpessoal.

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jul

08

NON-ZERO SUM

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Desejo compartilhar aquilo em que defendo e acredito. Por uma lógica que parece banal, mas é rica de significados: o ganha-ganha. E, não dá pra pensar nisso sem falar no TED, incrível iniciativa do Chris Anderson, que tem como mantra o ‘ideas worth spreading’, algo como “vale a pena espalhar ideias”. E vale mesmo.

Para conhecer, então, um pouco o genial conceito non-zero sum, um TED Talk do Robert Wright. Incrível.

Bom proveito! E vida longa às ideias.

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